Pirenópolis: Refúgio Histórico e Charmoso a Poucos Quilômetros de Brasília

Mais um exemplo de exploração econômica adequada da nossa riqueza cultural e histórica em forma de arquietura.

5/25/20253 min read

Se você mora em Brasília, já deve ter ouvido alguém dizer “bora dar um pulo em Piri?”. E é assim mesmo. Pirenópolis virou aquele destino certo quando a gente quer sair um pouco da rotina, mas sem precisar ir longe. Duas horinhas de carro e pronto: você tá num lugar cheio de charme, com cara de cidade antiga, comida boa, natureza por todos os lados e um ritmo que desacelera tudo.

A cidade tem essa coisa de parecer que parou no tempo, mas de um jeito bom. Caminhar pelas ruas de pedra já é uma experiência, mas o que realmente chama atenção são os prédios históricos que continuam ali, firmes, contando histórias sem precisar falar.

A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário é o exemplo mais forte disso. Ela tá ali desde o século 18, imponente, com aquela cara de que viu muita coisa acontecer. Já pegou fogo, foi restaurada, mas continua sendo o símbolo da cidade. Quando você entra, sente uma mistura de respeito e admiração. É simples, mas imponente. E mesmo que você não seja religioso, dá pra sentir o peso da história naquele lugar.

Ali pertinho tem um prédio que já foi cadeia e câmara municipal ao mesmo tempo. Hoje virou o Museu do Divino. E não é qualquer museu. Ele guarda tudo sobre uma das festas mais importantes da cidade, a Festa do Divino Espírito Santo. Tem estandarte, roupa tradicional, instrumentos... tudo com aquele jeitinho artesanal que mostra o quanto essa tradição é viva. É o tipo de lugar que faz você entender de verdade o que move as pessoas dali.

Andando mais um pouco você encontra o Teatro Sebastião Pompeu de Pina. Ele é pequeno, aconchegante, tem cara de teatro antigo mesmo. Foi construído no fim do século 19 e ainda funciona. Tem peça, música, apresentação cultural acontecendo por lá com frequência. Mesmo vazio, ele já tem presença. É um desses lugares que a gente olha e pensa “isso aqui tem alma”.

Na mesma vibe nostálgica, o Cine Pireneus tem fachada art déco e ainda exibe filmes. Começou em 1919 e é um dos primeiros cinemas do estado. Aquele clima de cinema de verdade, com cadeiras antigas e telão clássico. Ainda hoje, acontecem sessões especiais e encontros culturais por lá.

E se você curte música e tradição, não pode deixar de conhecer o Casarão da Banda Phoenix. A banda existe há mais de cem anos e continua ativa. O casarão guarda partituras antigas, instrumentos, arquivos… é como se fosse um museu vivo da música popular goiana. Quando tem ensaio, dá vontade de parar e ouvir.

Mas Piri não é só história. Depois de andar pelo centro, o que mais dá vontade é comer bem. E isso, ela entrega com folga. Tem restaurante pra todo tipo de gosto, desde comida goiana raiz com pequi e guariroba até pratos mais modernos, com toque autoral. O mais legal é que muitos desses lugares funcionam em casarões antigos. Então você come bem e ainda sente o clima da cidade no ambiente.

E claro, depois da comida vem a parte mais refrescante da viagem: as cachoeiras. Tem muita. Uma mais bonita que a outra. A do Abade é uma das mais famosas, com trilha gostosa e uma queda d’água incrível. A das Araras é mais acessível, boa pra quem vai com criança ou quer algo tranquilo. Já a do Rosário é mais afastada, mas vale cada metro de estrada. E se você quiser algo mais selvagem, o Parque Estadual dos Pireneus é cheio de trilhas, nascentes e mirantes com vistas de cair o queixo.

Além disso, Pirenópolis respira arte o ano todo. Tem festa, tem feira, tem gente criando coisa nova o tempo todo. A Festa do Divino, por exemplo, é um evento que toma a cidade inteira. Acontece há mais de dois séculos. Já o Festival Gastronômico atrai chefs e curiosos do Brasil todo. E o Canto da Primavera é pra quem curte música brasileira de verdade, com apresentações espalhadas pela cidade.

E no dia a dia, a arte tá por toda parte. Ateliês, móveis rústicos, peças de cerâmica, pintura, bordado, tudo feito por gente da cidade. Dá vontade de entrar em cada lojinha pra ver o que tem. E sempre tem algo legal.

No fim das contas, Pirenópolis é isso: fácil de chegar, difícil de ir embora. É o tipo de lugar que a gente volta porque sabe que vai encontrar paz, beleza, comida boa e gente que sabe receber. Se você ainda não foi, tá perdendo. Se já foi, sabe como é: basta um fim de semana pra recarregar.

PS: Fotos e informações dos patrimônios consultadas em https://pirenopolis.tur.br/turismo/atrativos/centro-historico. Para mais informações consultar o site.